Hoje resolvemos declarar todo nosso amor por esse pedacinho de areia que tanto curtimos aqui no Rio. A praia da Barra é o nosso lar. É a maior em extensão e é a musa dos bodyboarders. Não é a toa que é aqui que fica a sede da nossa escola, né? Foram nessas águas que rolou a primeira Competição Internacional de Bodyboard fora do Havaí – o Bliss International aconteceu em 87 e 88. Ah, e o carioca Guilherme Tâmega, grande nome do bodyboard no mundo inteiro, começou a escrever sua história aqui também. Temos ou não temos pra chamar a Barra de segunda casa? 😉
Blog
Ele é um fera dentro e fora e do mar. Logo que o Guilherme Tâmega e a Claudia Ferrari levaram os primeiros títulos mundiais de bodyboard ele, juntamente com o amigo Henrique Resende, resolveu espalhar essa notícia através de um simples jornal. No começo era algo tímido, impresso em preto e branco, mas mesmo assim a Ride It! ia ganhando cada vez mais adeptos e circulando pelas mãos de grandes atletas. Com o tempo as páginas foram ganhando um colorido, ficando cada vez mais profissa e sempre mantendo a essência: 100% bodyboard! Os anos se passaram e ao atingir a “maioridade” dos 18, Elmo viu a necessidade de renovar a casa. E ele mesmo conta como foi o processo:
“Contratamos novos profissionais para a equipe no intuito de imprimir uma cara nova, fresca e moderna no design em geral. Daniel Bassanesi cuidou do desenho da revista, Fernando Sanches com toda experiência em desenvolvimento web nos brindou com o novo site e Marcelo Gomes tratou de musicar tudo com o melhor da surf music com a radio Let´s Ride It! e aquí estamos, comemorando esse debut da revista mais antiga do país (nesse segmento) em atividade sem nunca ter parado. Apenas miramos a boca do tubo e desfrutamos de cada momento desse crescimento”.
E nós temos o maior orgulho de fazer parte dessa história. Aproveitamos o papo e pedimos três dicas para quem está começando a se aventurar na pranchinha. Olha só:
1 – Escolha a prancha certa: que esteja de acordo com seu físico e com as ondas que você está habitualmente acostumado.
2 – Sempre use nadadeiras: o bodyboard não existe sem um par de “pés-de-pato”. De quebra você garante uma tonificação dos músculos por completo.
3 – Atenção com a segurança. Isso quer dizer: use uma boa cordinha, de preferência pratique com um amigo, respeite o mar e as condições adversas e opte por praias que tem o apoio dos salva-vidas!
Foto: reprodução flickr / rosanetur
Anotou? O Elmo ainda contou pra gente que o melhor lugar que ele pegou onda foi num paraíso nacional: Fernando de Noronha! “Foi paixão e entrosamento à primeira vista. Água quente e azul esmeralda, ondas de todos tipos, fundos de areia, de pedras, reefs, ondas com formação tubular e triangular propícias para o bodyboard e o melhor: está dentro do território brasileiro”.
Um lugar que ele ainda não pegou onda? Indonésia! “Tenho certeza de que vou me divertir muito naquelas ondas, mas sem pressa, tudo no seu tempo. O ano que eu mais me movimentei para ir à Bali, fui presenteado com a chegada da minha filha e desisti. Luana me trouxe a sorte que evitou que eu estivesse no meio de um tsunami que arrasou o arquipélago indonésio naquela época”.
Arrepiante, né? Vida longa ao bodyboard e à Ride It, Elmo! Foi um prazerzaço bater esse papo com você!
O nosso pico de hoje, ao pé da letra, significa: Expresso Escorpião. Deu pra sentir qual a pegada, né? Localizado na ponta do Forte de Copacabana (logo ali, na altura do Posto 6) se mantém discreto e quase sem crowd na semana.
Considerado o pico mais constante do Rio, já que o paredão de pedras segura bem as ondas e as variações de clima. O ideal é pegar uma ondulação de sul entre 1 e 2 metros, com a maré enchendo e o vento mais calmo, assim as direitas quebram mais de lado e possibilitam uma saída mais limpa.
Diferente da costa, as ondas que entram no Expresso Escorpião não perdem velocidade, pois não passam por águas rasas antes de quebrar. Elas chegam na bancada com sua velocidade quase que integral, formando um tubo rápido e super perigoso. O local recebe esse nome por que sua formação lembra muito a do inside de Waimea, no Havaí, que tem nome similar.
Prancha na mão e #PartiuCopa!
Situado numa das pontas de Ipanema, o Arpoador é um pedaço de terra todo especial para qualquer bodyboarder. Além do pôr-do-sol (que dispensa comentários), reúne diversas histórias e foi cenário de muitos acontecimentos de vanguarda. Mas nós reparamos que essa é uma região muito homenageada pela turma da música e decidimos listar algumas delas por aqui. Fones no ouvido e vem conferir!
- Em Faz parte do meu show, Cazuza canta: “Vago na lua deserta das pedras do Arpoador…”;
- Samuel Rosa e sua Skank eternizaram a praia em Te Ver: “É como não sentir calor em Cuiabá ou como no Arpoador não ver o mar”;
- A carioca Scracho na ensolarada Não demora destaca os mergulhos norturnos (a cara do nosso verão!): “Eu quero poder acordar, contigo no domingo até o fim raiar e mergulhar à noite no Arpoador”;
- E o cantor Leo Fressato em Enquanto eu não eterniza as areias cariocas em clima de despedida: “O fim das lembranças no Arpoador, o fim da falta de calor, dos pés gelados no inverno…”
Deu até vontade de mergulhar no Arpex, né? Nos encontramos pra aplaudir o próximo pôr-do-sol! 😉
Que nós somos apaixonados pela cidade maravilhosa não é segredo para ninguém. O sol caindo no Arpoador, o mate gelado com os amigos, o açaí antes do mergulho… Para quem vem à turismo o Rio é cheio de encantos. Para quem tem o privilégio de morar aqui, que nem a gente, são verdadeiros tesouros guardados com vista para o mar. Listamos três points imperdíveis da galera. Prancha na mão e a gente se encontra em algum deles.
Barraca do Pepê
Famoso desde os anos 80, o Pepê fica na Barra da Tijuca e é destino certo se você quiser comer bem, encontrar a galera e ainda ouvir uma musiquinha das boas.
Coqueirão
Não tem erro: chegou em Ipanema é só procurar o maior coqueiro de todos. É lá que você vai encontrar a galera mais de vanguarda da região. Verão vem, verão vai e o Coqueirão continua sendo aquele point. Vale a ida – ou várias!
Barraca do PQD
Quase chegando na Pedra do Arpoador tem o famoso PQD. Na semana é mais fácil de localizar, já que eles hasteiam uma bandeira amarela sinalizando. O nome é uma referência à antiga profissão do seu criador, um grande paraquedista. Hoje é o point da galera bronzeada!
Curtiu? É só escolher sua área e joga prancha no mar!
Continuando nossa série de posts, hoje embarcamos para um paraíso no nosso templo. Prancha no pacote, bora pro Havaí? Oahu é totalmente ocupada pelo condado de Honolulu, onde se localiza a capital da cidade. A região norte é conhecida como North Shore, é lá que fica a praia de Pipeline que já contamos aqui, lembra?
Além de ser aqui que está o famoso Pearl Habor, a Ilha de Oahu já foi cenário de alguns filmes e seriados: Jurassick Park, Lost, Como Se Fosse a Primeira Vez e Hawaii Five-0. Depois de pegar aquela onda, já imaginou desbravar a ilha identificando os pontos vistos da ficção? É coisa de cinema, literalmente!
Logo no primeiro dia, nossa sugestão é um mergulho na praia de Waikiki. Já pensou naquele banho de mar com vista para um vulcão? Depois, só seguir andando pela praia e subir na prancha em Ala Moana, ondas incríveis! No dia seguinte, North Shore neles! Mas atenção: as melhores ondas rolam no inverno.
À noite é só procurar algum barzinho legal (Makaha reúne uns bem bons) e tomar um Mai Tai (bebida local). Ah! No último dia não esquece de deixar um colar de flores na praia ou na estátua do Duke, no calçadão de Waikiki. Diz a lenda que quem cumpre essa tarefa, sempre volta. E é o que a gente quer, né? _/\_
Shark Island é um famoso pico da praia de Cronulla (New South Wales) na Austrália. Famosa pelos bodyboarders, a onda pode provocar um jack up dos bons e ser bem desafiadora. É considerado um dos picos mais perigosos do mundo. Quer passar lá? Anota a melhor época do ano: entre março e junho. Pega a prancha e coragem!
Marca registrada do mestre Kung, o bigode é tão famoso quanto ele. Quando o encontramos na praia, claro que perguntamos sobre esse estilo de anos. “O Kung é o careca de bigode. Foi crescendo, fui deixando e ficou assim”, explicou. Aperta o play e vem saber a história completa!
Bali é um mundo. São mais de 4 milhões de habitantes e mais de 5 mil km² de muita natureza. Já sabe que vai precisar alugar um carro pra conhecer tudo, né? Mão no volante e vem com a gente para Uluwatu, o nosso paraíso da vez.
Também conhecida como templo de Uluwatu, a região esconde diversas praias bem boas para quem quer praticar bodyboard. As mais famosas são Blue Point, Padang Padang, Dreamland e Bigin.
Além de ser um dos templos mais antigos da região, é considerado pelo hinduísmo um protetor contra os maus espíritos. Um bom lugar pra meditar e ficar no maior astral. E à noite, jantar em um dos restaurantes no topo, apreciando a lua emergindo sobre o oceano. Coisa bela, hein?
Ah! Atenção para os macacos malandrinhos. Eles são experts em furtar os pertences dos turistas, principalmente óculos escuros. Fiquem atentos e relax!
E nossa seção musical tá de volta. Ainda estamos em clima de fim de semana e por isso decidimos listar algumas músicas bem boas pra trilhar aquele fim de tarde numa nice (e numa rede). Só no sossego! 🙂 A playlist, pra variar, tem de tudo: dois cariocas que não saem da praia, um cara que veio direto da California e também não sai do mar, que nem a gente. Ah! Tem uma bandinha carioca que certamente você se amarra e uma outra com nome de comida que, com perdão do trocadilho, faz um som delícia!
Agora é só apertar o play e curtir aquele pôr-do-sol.