Que o Havaí é pra lá de inspirador quando o assunto é esporte aquático ninguém duvida. Não é à toa que é de lá que surgem os primeiros registros de alguma atividade parecida com o que hoje chamamos de bodyboard. Uma prancha bem similar às atuais feita de madeira e datada de XV foi encontrada na região e, ao que tudo indica, facilitava a flutuabilidade dos nativos, que viriam a conhecer seus colonizadores ingleses séculos depois.
A prática pegou e chegou até os reis havaianos, que criaram um formato exclusivo e mais estável que aumentasse o nível das performances na água. Séculos mais tarde, em 1971, o surfista Tom Morey se inspirou ao ver um banhista flutuando sobre um tubo de PVC e resolveu colocar seu lado engenheiro em prática: nascia ali a primeira prancha de bodyboard como a conhecemos no formato atual. Demorou pouco tempo para que o esporte retomasse o gosto popular. Nos Estados Unidos, o havaiano Mike Stewart logo se tornou referência mundial.
Por aqui, Marcus Cal Kung foi o responsável por importar o esporte para o Brasil. Além de trazer a nova mania dos anos 80, ele também criou a primeira associação do esporte em território brasileiro e ganhou o prêmio de Personalidade Mundial do Pipe Challenge de 1988 pelo seu extenso incentivo ao esporte. Guilherme Tâmega também figura entre os veteranos e, assim como Kung, continua na ativa em prol do esporte no Brasil.
Hoje em dia os brasileiros continuam fazendo bonito nas competições e trazendo cada vez mais títulos para o país. Entre os atletas de destaque estão Isabela Sousa e Beto Abrantes, que abocanhou o Circuito Capixaba PRO 14 no mês passado.
