Não adianta só comprar a melhor prancha do mercado ou aquela que mais faz o seu tipo. Pra garantir 100% a qualidade do seu equipamento, existem algumas práticas que podem ser adotadas antes, durante e depois de cair no mar.

Conversamos com o Kung – dessa vez em sua versão shaper – para separar algumas dicas de ouro na hora da conservação do material. Se liga!

1) Não deixe objetos pesados sobre a prancha. Isso pode danificar seu foguete permanentemente!

2) A água doce é amiga da prancha. Lave sempre após terminar mais um dia de bodyboard.

3) Não amarre sua prancha em racks sobre o carro. Isso pode criar marcas que prejudicam sua performance na próxima caída no  mar.

4) Evite que sua prancha fique exposta ao sol enquanto não estiver na água,  praticando. Procure sempre uma sombra pra deixar seu foguete descansando!

Point incontestável de quem não perde a oportunidade de se jogar no mar com uma prancha, o Hawaii é também um dos destinos turísticos mais procurados do mundo. O arquipélago que forma o estado americano reserva ótimas descobertas e praias ideais pra quem não agüenta a fissura de ficar sem bodyboard.

Nosso mestre Kung é freqüentador de carteirinha e já freqüentou muito as ilhas para representar o Brasil nas competições. Depois de muitos anos, ele já se sente local e reservou algumas dicas imperdíveis de quem quer curtir sombra e água fresca, mas também não pode dispensar uma caída com o seu foguete!

CAFÉ HALEIWA: Café da manhã com direito a banana com xarope, ovos mexidos e refil de café pra não faltar energia. Era por lá que o Kung costumava começar o dia com a galera antes de entrar na água.

PIPELINE: palco de grandes competições de esportes aquáticos, reserva ondas bem grandes e não é indicada para iniciantes. Foi ali que o Kung recebeu o prêmio de Personalidade do Ano e também levou uma vaca histórica. “Ao cair, embolei no strep de um surfista, foi um dos maiores caldos da minha vida”, explica.

(Arquivo pessoal)

ROCKY POINT: fica do lado do Pipeline e é, geralmente, o pico do treino antes dos atletas entrarem em ação pra valer.

HALEAKALA: quem também curte uma aventura longe das ondas pode seguir para a cratera do vulcão Haleakala e curtir o sol nascer. Vale lembrar de levar bastante cobertor e um café bem quente pra esquentar já que a temperatura matinal e o vento por lá podem incomodar.

STORTOS: no cardápio, sanduíches típicos com nomes que lembram os picos mais famosos de Oahu.

V LAND: “uma direita especial, tubular e rápida”, garante o Kung.

Não é novidade que a qualidade da prancha influencia diretamente na performance do bodyboarder. Além de escolher a que mais combina com você e o seu estilo entre tantas ofertas no mercado, é fundamental ter alguns cuidados especiais para garantir a qualidade.

Sol, umidade e o local de armazenamento são quesitos muito importantes na hora de cuidar do seu equipamento. Veja as cinco dicas do cuidado essencial separadas pelo professor Kung. Se liga!

1) Quando não estiver praticando, evite exposição direta ao sol.

2) Não armazene sua prancha no porta-malas do carro em dias quentes. O calor do carro pode prejudicar o equipamento.

3) Evite deixar sua prancha molhada dentro das capas, use-as apenas para transporte.

4) Quando nova, sua prancha tem o deck liso. Portanto, antes da primeira “caída”, lave-a em água corrente e enxugue-a.

5) Não amarre sua prancha em racks sobre o teto do carro para evitar que ela fique marcada.

Não é de hoje que a Cilene freqüenta as aulas do Kung. Há pouco mais de um ano ela procurou mudar alguns hábitos, mas queria evitar inserir a academia na sua rotina. Entre os esportes ao ar livre, o bodyboard foi um achado. “Eu escolhi o bodyboard porque era um esporte que ia poder me divertir”, ela explica.

De lá pra cá, não só o corpo sentiu a diferença. A vida ficou mais leve e até as viagens ficaram mais divertidas. Hoje em dia a família já sabe que o próximo destino terá praia e onda boa pra Cilene não deixar de praticar. “Antigamente a gente planejava viajar e só ficava comprando. Hoje as minhas viagens são focadas pro surf”, conta.

Depois de ter entrado nas aulas, ela também garante que passou a preferir mais o dia que a noite: “Diminuí a birita e passei a conviver mais com o pessoal da manhã”. Além de comemorar os resultados no corpo. “Vale muito a pena”, garante.

A gente já falou aqui os melhores picos pra mandar ver nas manobras pelo mundo. No Rio, não é muito diferente. Entre os mais de 80 km de praia, o mestre Kung separou três que são especiais na hora de curtir com o seu foguete. Se liga!

LEME: a preferida na Zona Sul reserva altas ondas dependendo da época do ano. Foi por lá que o Kung começou a praticar bodyboard, 1973

SÃO CONRADO/CANTÃO: não tem pra ninguém. O maior pico de esquerdas da cidade você encontra ali.

BARRA (do posto 4 ao 5): bem ali onde fica a Escola Kung. É excelente quem quer aprender numa boa e foi, durante muito tempo, palco dos primeiros eventos internacionais no Rio.

Todo ano o IBA International Bodyboard divulga os top atletas de bodyboard baseado no desempenho na temporada que passou. No ranking de 2013, sete brasileiros figuraram na lista dos 24 melhores do ano.

O australiano Ben Player ocupa a primeira posição pela terceira vez em sua carreira, depois de um jejum de seis anos longe do topo. O nosso Guilherme Tâmega abocanhou a sexta colocação e garantiu presença brasileira entre os dez primeiros depois, seguido de Uri Valadão.

Crédito | Rhyees Wedes

A temporada de 2014 do IBA foi cancelada, como informou a Associação Internacional de Bodyboard, mas só pela lista de craques já dá pra ter uma noção de quem vai mandar ver nas outras competições desse ano. Confere a lista porque tá quente!

1) Ben Player Australia

2) Amaury Lavernhe Reunion

3) Jeff Hubbard Hawaii

4) Dave Winchester Australia

5) Pierre Louis Costes France

6) Guilherme Tamega Brazil

7) Eder Luciano Brazil

8) Dallas Singer Australia

9) Jake Stone Australia

10) Alan Munoz Chile

11) Dave Hubbard Hawaii

12) Magno Passos Brazil

13) Uri Valadao Brazil

14) Ryan Hardy Australia

15) Alex Uranga Spain

16) Mike Stewart Hawaii

17) Lachlan Cramsie Australia

18) Brahim Iddouch Morocco

19) Lucas Nogueira Brazil

20) Helliton Loureiro Brazil

21) Roberto Bruno Brazil

22) Babby Quinones Puerto Rico

23) Iian Campbell Sth Africa

24) Sergio Alonzo Venezuela

Você já deve ter reparado que o pessoal que vive mais no mar do que na areia usa um dialeto próprio na hora de se comunicar, não é?

Depois de te dar as dicas no minidicionário de manobras do bodyboard, a gente vai facilitar a sua vida e te dar de bandeja a explicação das palavras mais importantes do vocabulário de quem vai atrás das ondas. Se liga nas palavras que o mestre Kung separou!

FOGUETE: prancha irada

DROPAR: descer a onda

NO CORTE: estar na parede da onda

DIREÇÃO DO SWELL: direção da ondulação, direção que a maioria das ondas está quebrando

LEVAR UMA VACA: cair da onda

OLHA A SÉRIE ENTRANDO: quando uma sequência de ondas, geralmente maiores começa a quebrar na arrebentação

LINE UP: local aonde a maioria dos bodyboarders se posiciona para esperar as ondas

VALA: canal e/ou parte mais funda próxima à praia. É utilizada para entrar na água devido à corrente que direciona para dentro do mar

ARREBENTAÇÃO: local aonde as ondas quebram